terça-feira, 20 de novembro de 2007

Os travestis da Indianópolis

A Avenida Indianópolis (no Planalto paulista) é um dos locais com maior concentração de travestis na cidade de São Paulo. Por conta disso, o O 12° Batalhão de Polícia Militar (responsável pelo policiamento ostensivo da região) recebe constantes reclamações dos vizinhos, tanto pelo incômodo pela algazarra, como pelo exibicionismo dos que oferecem sexo na avenida.
De acordo com o Código penal, os travestis podem ser enquadrados em crime de ato obsceno em via pública e podem receber penas de até dois anos de detenção.
A Polícia Militar realiza constantes operações no local e, em cada uma, cerca de vinte e cinco travestis e prostitutas são levados para averiguação. Mas eles não podem fazer mais do que qualificar os travestis e checar seus antecedentes criminais. Os delegados só fazem o Boletim de Ocorrência se algum morador se sentir ofendido e for até a delegacia lavrar o Boletim. O resultado é que os travestis são imediatamente liberados.
Decididos a minimizar o problema, os policiais estão adotando uma estratégia diferente: os clientes dos travestis são abordados e intimados a apresentar seus documentos. A placa do veículo também é anotada. Com o constrangimento, os clientes tendem a afastar-se da região.
Desde a adoção desta nova estratégia houve uma redução nas reclamações. Mas a satisfação dos moradores é momentânea: os travestis, durante as operações, se deslocam para as ruas paralelas e transversais da avenida, para retornarem aos seus pontos habituais assim que os policiais vão embora.

FONTE: http://www.sampaonline.com.br/reportagens/travestis2004dec06.htm

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